Uma triste parte da história chinesa que muito pouco se sabe no ocidente, porém está na memória do povo chinês. Mais de 300 mil chineses, entre soldados desarmados e civis, foram mortos covardemente pelo exército imperial japonês em apenas 6 semanas. Também conhecido como o “Estupro de Nanjing”, continua sendo um obstáculo nas relações sino-japonês.
Nanjing, que naquela época era capital da China, foi invadida e dominada pelo exército imperial Japonês no dia 13 dezembro de 1937, liderados pelo general Matsui Iwane, invadiram a cidade pelo sul, após a invasão de Shanghai, que estava sob o comando do nacionalista Chiang Kai-shek. Ao longo de seis semanas após a queda de Nanquim, as tropas japonesas se envolveram em um massacre que incluiu a morte de civis, prisioneiros de guerra, estupros, saques e incêndios criminosos, segundo testemunhas sobreviventes.
As tropas japonesas embarcaram em uma busca frenética por ex-soldados, na qual milhares de jovens, civis ou não, foram capturados. Muitos foram levados para o rio Yangtze, onde foram metralhados para que seus corpos fossem carregados para Xangai. Milhares foram levados e executados em massa.
Outros foram supostamente usados para a prática de baioneta viva. A decapitação era um método popular de matar, enquanto as práticas mais drásticas incluem queimar, pregar em árvores ou pendurar pela língua. Algumas pessoas foram espancadas até a morte. Os japoneses também executaram sumariamente muitos pedestres nas ruas, principalmente sob o pretexto de que poderiam ser soldados disfarçados em roupas civis. Mulheres e crianças não foram poupadas dos horrores dos massacres. Muitas mulheres foram primeiro estupradas brutalmente e depois mortas.
Imediatamente após a queda da cidade, um grupo de expatriados estrangeiros liderado por John Rabe formou a Zona de Segurança de Nanquim para salvaguardar a vida dos civis na cidade, onde a população era de 200.000 a 250.000. É provável que o número de civis mortos teria sido muito maior se esta zona de refugiados não tivesse sido formada. Rabe e outro missionário americano Lewis S. C. Smythe, secretário do Comitê Internacional e também professor de Sociologia na Universidade de Nanquim, registraram atrocidades cometidas pelas tropas japonesas e constantemente faziam denúncias à embaixada japonesa.
No final de janeiro de 1938, o exército japonês forçou todos os refugiados na Zona de Segurança a voltar para casa, alegando imediatamente ter “restaurado a ordem”. Após o estabelecimento do Weixin zhengfu (o governo colaborador) em 1938, a ordem foi gradualmente restaurada em Nanjing e as atrocidades cometidas pelas tropas japonesas diminuíram consideravelmente. Em 18 de fevereiro de 1938, o Comitê Internacional para a Zona de Segurança de Nanquim foi renomeado à força para Comitê de Resgate Internacional de Nanquim, e a Zona de Segurança efetivamente deixou de funcionar. Os últimos campos de refugiados foram fechados em maio de 1938.
Apesar de não se saber ao certo o tamanho da população de Nanjing naquela época, estima-se que mais de 50% da população total foi morta. Em 12 de novembro de 1948, Matsui Iwane e Koki Hirota(Ministro das relações exteriores), junto com cinco outros criminosos de guerra de alto escalão foram condenados à morte por enforcamento e outros dezoito receberam penas menores.
Momento de extrema tristeza!
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