“O desenvolvimento chinês é o acontecimento mais fantástico na história recente da humanidade e me orgulho de ter tido a oportunidade de acompanhar de perto as transformações significativas”, avalia o jornalista especializado na área rural e consultor das Relações Brasil-China, Milton Pomar. Ele já conhece quase todas as regiões da China desde 1997, graças a um vínculo especial do seu avô, Pedro Pomar, como uma figura de relevância entre os comunistas brasileiros.
Pedro Pomar e o primeiro-ministro chinês, Zhou Enlai, em 1972.
Milton considera a eliminação da pobreza como um dos êxitos mais valiosos do Partido Comunista da China, em retrospectiva sobre o trabalho ao longo dos 99 anos da sua fundação, celebrada neste dia 1 de julho. Ele lista os resultados óbvios: mais 700 milhões de pessoas das áreas rurais saíram da pobreza, a perspectiva média de vida aumenta para 77 anos e o alfabetismo diminui para menos de 5%. “Tudo isso se deve aos planos consecutivos do Partido e do governo chinês ligados à melhoria da qualidade de vida do povo”, conclui.
Do ponto de visita de Milton Pomar, apenas o socialismo consegue fazer o país e o povo enriquecerem. Ele sublinha ainda outra estratégia importante utilizada pela China para equilibrar o desenvolvimento em todo o território: levar a indústria, as atividades econômicas e as universidades para o interior.
Milton Pomar visitou pela primeira vez a China em 1997.
Em suas viagens pela China, Milton costuma andar espontaneamente para observar a vida real das pessoas. “Vi gentes alegres e felizes, fazendo exercício de manhã cedo e dançando à noite, nas calçadas e praças em várias cidades”, relata. Ele enfatiza que a situação do povo chinês é hoje melhor do que a da maioria dos povos de países em desenvolvimento.
Falando das vantagens do Partido Comunista da China, Milton Pomar considera muito louvável a disposição do Partido de sempre investir na formação política dos integrantes e dos quadros. Nota que às vezes os oficiais governamentais precisam se afastar algum tempo para estudar. “Afinal, os desafios são sempre novos e quem governa tem que avançar sempre e debater o tempo todo, não é?” O que lhe impressiona é que os ministros e os líderes chineses são muito comprometidos com o desenvolvimento do país.
Nos últimos anos, Milton Pomar tem trabalhado como palestrante e professor de cursos sobre a China e participa de muitos seminários e apresentações dentro de governos, universidades e entidades empresariais. No início, poucos brasileiros estavam interessados na China. A situação só mudou a partir das Olimpíadas de Beijing, em 2008, e no ano seguinte o país tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil. Mas ele descobriu que a imagem da China não era muito boa por causa da propaganda contrária na imprensa.
O jornalista percebe que os chineses são modestos e não fazem a divulgação, levando as pessoas a não compreenderem os valores e os conceitos bondosos da cultura chinesa. Tal como a iniciativa Cinturão e Rota que sofre dúvidas apesar do fato de beneficiar muitos países da Ásia e da África. “O mundo não sabe que os chineses têm sido solidários e os políticos e empresários chineses sucedem gerações e gerações de pessoas acostumadas a valorizar a negociação como a melhor forma de resolver questões, na lógica do win-win”, opinou.
Milton Pomar pretende fazer a divulgação em prol da China e está convicto de que, com os investimento em educação, ciência, tecnologia e inovação, o país atinge um patamar superior quando celebrar o 100º aniversário da sua fundação da República Popular em 2049.
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