“O Ministério da Educação vai se empenhar muito para colocar a parceria educacional com a China no tamanho das relações comerciais e econômicas que já mantemos.” Com estas palavras o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, abriu o seminário internacional Diálogo Brasil-China sobre Educação, que reuniu cerca de 400 pessoas no auditório do Memorial da América Latina, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 21.
O encontro teve a participação de autoridades do Scholarship Council da China, Centro Brasil China para Mudança Climática, Departamento Nacional de Exames do Ministério da Educação da China, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Ministério da Educação, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Centro de Estudos Brasil China (Coppe-UFRJ) e Instituto Confúcio da PUC-SP, além de reitores de universidades brasileiras e chinesas.
O ministro afirmou acreditar na educação como principal ponte de diplomacia entre dois povos, frisando a importância de se consolidar uma parceria já histórica entre os dois países. “É fundamental o intercâmbio acadêmico e cultural de estudantes, tanto os daqui como os vindos de lá, de maneira tão estratégica como nas parcerias que já mantemos com os chineses no ramo da nanotecnologia, na agricultura, na inovação”, defendeu.
Nesta quarta-feira, os integrantes do seminário participaram de painéis de discussão sobre temas como a educação na China e no Brasil, reforma da educação superior chinesa e o exame de ingresso às universidades, além do desafio do ensino de línguas e a educação superior e tecnológica nos dois países. Na quinta-feira, 22, quase 200 representantes de mais de 40 universidades chinesas receberão visitantes para apresentar seus cursos e programas de graduação e pós-graduação. O objetivo é atrair estudantes universitários brasileiros para as melhores universidades da China.
Acordo – As relações entre os dois países estão fundamentadas no Acordo de Cooperação Cultural e Educacional, assinado em 1985, e pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), estabelecida em 2004. A Cosban é o principal mecanismo de gestão da relação bilateral.
Em 2012, os ministérios da educação do Brasil e da China assinaram ainda memorando de entendimento no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras, que prevê 5 mil vagas para intercâmbio de estudantes chineses e brasileiros em cursos de graduação, pós-graduação e como pesquisadores visitantes. O Plano Decenal Brasil-China (2012-2021), assinado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo primeiro ministro Wen Jiabao, situa a área educacional como tema central da cooperação bilateral.
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