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China é o maior parceiro do Brasil

BRASÍLIA – A China passou a ser maior parceiro comercial do Brasil em abril, ocupando o lugar que antes era dos Estados Unidos. A corrente de comércio com o país asiático atingiu US$ 3,2 bilhões em abril, enquanto que com os Estados Unidos a cifra foi de US$ 2,8 bilhões. Porém, segundo o secretário de comércio exterior, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Welber Barral, há necessidade de diversificar e agregar valor às vendas de produtos para a China.

Por conta da crise, o Brasil reverteu o superávit que tinha com os Estados Unidos e o déficit com a China, na balança comercial. As exportações para a China somaram US$ 5,627 bilhões entre janeiro e abril, sendo que as importações chinesas para o Brasil foram de US$ 6,841 bilhões no mesmo período, gerando superávit de US$ 1 bilhão para os brasileiros. Enquanto isso, as vendas externas para os Estados Unidos atingiram US$ 4,925 bilhões, ao passo que o Brasil importou US$ 6,841 bilhões, no mesmo período. Isso gerou déficit nacional de US$ 1,9 bilhão.

Danos
Apesar de o crescimento do comércio com a China ser importante para o Brasil, a perda de espaço com os americanos é negativa porque eles são, tradicionalmente, os principais compradores de produtos manufaturados brasileiros, enquanto a China concentrada suas compras em produtos básicos, o que preocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Por essa razão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará para o país asiático, no dia 18 deste mês, na tentativa de agregar valor à pauta de exportação brasileira.

– Essa é uma mudança histórica, em primeiro lugar, e, ao mesmo tempo, é uma fonte de preocupação, porque não queremos só aumentar as exportações para China, mas também diversificar e agregar valor a essas exportações – disse segunda-feira Barral. – Os cálculos dos organismos internacionais são que os países asiáticos terão uma recuperação mais rápida do que o resto do mundo. Provavelmente, a Ásia será um novo centro dinâmico da economia internacional e é necessário que o Brasil tenha uma presença mais importante ali (China).

Porém, a tendência é de que o Brasil volte a recuperar o espaço perdido com Estados Unidos em 2010, quando a crise começar a dissipar, avaliou ainda Barral.

Menos de 1%
Apesar de crescentes, as exportações nacionais para China representam pouco nas compras do gigante asiático. Segundo Barral, as exportações anuais brasileiras para a China são de US$ 15 bilhões, o que representa menos de 1% do total de US$ 1,3 trilhão anuais. Barral disse que o Brasil se tornou grande fornecedor de produtos para China por conta dos produtos básicos “competitivos”, beneficiados pelo real depreciado sobre o dólar. Além disso, a demanda pelos produtos industrializados caiu de forma acentuada. No primeiro quadrimestre, os produtos básicos subiram 8,7%, para US$ 17,243 bilhões, ante US$ 16,059 bilhões em igual etapa de 2008. Já os produtos semimanufaturados despencaram 21,5%, para US 5,741 bilhões. Na mesma tendência, os manufaturados caíram 28,7% para US 19,595 bilhões. Com isso a participação dos produtos básicos atingiram 39,6% das exportações totais no quadrimestre, um dos maiores da história.

Fonte:Viviane Monteiro
Jornal do Brasil
04/05/2009

27 de julho de 2019

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